Poesia

Organizando meu guarda-roupas e fuçando nos cds que ficam entocados, acabei achando esse trecho, conferi a data do arquivo e foi de 2004. Um poema romântico, irônico para quem eu me tornei agora.

"Te amo,

Te quero com todas as forças que tenho,

Mas nem com todas as minhas forças vou te ter,

então, resta-me sonhar,

e quem sabe

um dia

te esquecer."

E esqueci mesmo, não lembro exatamente qual garota eu tinha em mente quando escrevi isso...

Fantoche

É, parece que a doença borderline me comanda. Ou talvez minha personalidade seja essa mesmo... como se eu procurasse a minha própria desgraça... 8 ou 80. Não estou muito afim de escrever hoje, e aposto que vou lembrar o motivo.

Felicidade

Há alguns anos já pensei em "entender" a felicidade. Tirei a conclusão de que depende de três pilares: o social, o pessoal e o lazer. O social compreende tudo relacionado às pessoas, se você se der bem com elas, tiver uma pessoa que ama e etc, o seu pilar "Social" estará firme. O "Pessoal" significa sua auto-estima, seu trabalho e o que você almeja. O "Lazer" são as várias atividades que trazem satisfação em vários sentidos. Era isso o que eu pensava.

Algo faltou. Algo que parece existir apenas nos seres com um nível consciência elevada, que no caso da Terra, é o homo sapiens. Isso é geralmente chamado de "crise-existencial". Conforme o nível de consciência de si mesmo e do universo ao seu redor vai subindo, a crise-existencial tende a aumentar. Muitas pessoas resolveram preencher esse vazio de alguma forma. A religião é o principal desses "complementos". "Espírito", o quarto pilar, talvez a base para todos os outros.

E é esse o meu maior problema. Meu "alma" sente um profundo vazio que nada consegue preencher. Espero algum dia achar a minha solução, mesmo que seja uma ilusão, como é no caso da crença em "Deus".

(Este espírito no qual me refiro não é algo "etéreo" ou "alma", é apenas a consciência gerada pelo cérebro)

Minha situação atual

Como todos nós sabemos (eu e você, Augusto), estou numa período da minha vida onde quaisquer mudanças ocasionarão em futuros demasiadamente distintos. Estou numa fase onde procuro controlar o meu caos interior e meu pequeno dementador que atormenta a minha alma. Conseguindo solucionar tais problemas, seguirei o segundo passo; a disciplina. Sempre tive aversão à regras, leis e ordem, como se oprimissem minha liberdade. Embora eu reconheça que são necessárias para se ter uma vida melhor. Se eu conseguir dar esses dois passos, talvez eu consiga o terceiro, o mais difícil. Dar um sentido à minha vida. Desejo-me sorte, prevendo o meu fracasso. Irônico.

Prólogo

Bom, não tenho costume de registrar minhas reflexões que acabam por se perder, já que não tenho uma boa memória. Sei que poucas pessoas lerão o que eu escrevo aqui, mas não é para um público que eu estou realizando esse ato. Faço isso por mim, para que no futuro (não muito longe, já que parece que não vou viver muito) eu leia e relembre de quem eu fui, das minhas diferentes nuanças e drásticas transformações.

Augusto, você está aí?

The ceremony is about to begin...